Fátima de Oliveira, jornalista e escritora (texto e fotos)(*)
Segundo historiadores, a Rússia surgiu entre século VI
a.C. até o século II d.C. , iniciando-se com os eslavos do leste, que surgiram
como um grupo étnico reconhecido na Europa entre os séculos III e VIII. Fundada
e dirigida por uma classe nobre de guerreiros vikings e por seus descendentes,
o primeiro Estado eslavo, o Principado de Kiev, surgiu no século IX e adotou o
cristianismo ortodoxo do Império Bizantino em 988. O nome "rus'", que
deu origem a "Rússia" provavelmente vem da palavra finlandesa
"Ruotsi" e da estoniana "Rootsi", que significa, remadores.
Essa terra e este povo viveu o socialismo (a Rússia foi o primeiro
país socialista do mundo), na então União Soviética, regime instalado com a
Revolução Soviética de 1917, período de conflitos, que derrubou a
autocracia russa e levou ao poder o Partido Bolchevique, de Vladimir Lenin. Mas
se disciplinou, criou, produziu e desenvolveu uma rara civilidade.
Os russos viveram guerras, fome e toda sorte de dificuldades
ao longo de sua história, muitas desconhecidas de nós, livres e
privilegiados no Brasil. Isso faz dele um povo consciente de seu papel social.
Tanto que pelas ruas (lavadas todas as manhãs por caminhões pipa)
das principais cidades não se vê lixo jogado, não se vê descortesia e não raro
encontra-se um patriota defensor daquele país distante, mas tão parecido com a
gente que luta pela liberdade com determinação e responsabilidade.
A Rússia hoje é uma economia consagrada e cerca de 143
milhões de pessoas falam nada mais nada menos que 31 línguas cooficiais. É o
país com maior área do planeta, cobrindo mais de um nono da área terrestre. É
também o nono país mais populoso.
O país faz fronteira com os seguintes países:
Noruega, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia, Bielorrússia,
Ucrânia, Geórgia, Azerbaijão, Cazaquistão, China, Mongólia e Coreia do Norte.
Também tem fronteiras marítimas com o Japão, pelo Mar de Okhotsk, e com os
Estados Unidos, pelo Estreito de Bering.
São Petersburgo
Peter é a segunda maior cidade da Rússia e a mais
ocidentalizada do país. Está localizada ao longo do rio Neva, na entrada do
Golfo da Finlândia. Nasceu com o nome de Petrogrado, em homenagem ao seu
fundador, Pedro, o Grande (grande no ideal e fisicamente. Ele tinha dois metros
e três centímetros). Em 1924 a cidade é rebatizada como Leningrado e em 1991,
após o colapso da União Soviética, a cidade volta a ser São Petersburgo.
É chamada também apenas de Petersburgo e informalmente conhecida como
Peter.
A cidade foi fundada pelo czar Pedro, o Grande, em 27 de
maio de 1703. Entre 1713-1728 e 1732-1918, foi a capital do Império
Russo. O sonho de Pedro era ocidentalizar a Rússia, já que o ocidente o
encantou após várias viagens à Europa. Em 1918, as instituições da
administração central se mudaram de São Petersburgo para Moscou.. A cidade é um
grande centro cultural europeu e também um importante porto russo no mar
Báltico. Hoje é patrimônio da Unesco.
Está
em São Petersburgo o belo e imponente Hermitage, localizado às margens do rio
Neva. É o maior museu de arte do mundo
e sua vasta coleção possui itens de praticamente todas as épocas, estilos e
culturas da história russa, européia,oriental e do norte da África. Uma
inimaginável realização,distribuída em dez prédios, situados ao longo do rio,
dos quais sete constituem por si mesmos monumentos artísticos e históricos
de grande importância. Neste conjunto o papel principal cabe ao Palácio de
Inverno, que foi a residência oficial dos czares desde sua construção até a
queda da monarquia .
A igreja do Sangue Derramado, com sua arquitetura rica em detalhes, é o cartão postal de São Petersburgo |
A
Catedral do Sangue Derramado ou Igreja da Ressurreição do Salvador é a obra de
arte mais perfeita entre as maiores do mundo sacro. Não há como não ficar
literalmente sem fôlego diante dela. A igreja tem cinco cúpulas
semicirculares, um enorme pilar que forma a torre-campanário e uma pirâmide
octogonal ao centro, parecidos com igrejas do século XVI ao XVII. Só que
essa é a mais bonita de todas.
Interior da igreja do Sangue Derramado |
A igreja é de tijolo vermelho e castanho, toda a superfície das
suas paredes está coberta de adornos elaborados e detalhados. Bandas e cruzes
de tijolo colorido, azulejos policromados aplicados nos vãos das paredes,
azulejos nos telhados das torres e coberturas piramidais são de mármore branco.
Li que a parte inferior da torre do campanário está decorada com 134 mosaicos
de escudos de armas (coleção heráltica) doados pela comunidade local. Os
mosaicos espalhados foram figuras curiosas e bonitas.
As cinco cúpulas centrais da igreja são revestidas de cobre e
esmalte de diferentes cores. As cúpulas menores em forma de cebola e a cúpula
do campanário são douradas.
A igreja está situada a margem do canal Griboedov (assim
designado em honra de Alexandre Griboedov) próximo ao parque do Museu Russo e
da Nevsky Prospekt. A edificação foi construída no local onde o czar Alexandre
II da Rússia foi assassinado, vítima de um atentado no dia 13 de março de 1881.
Decorada com esculturas, pinturas e pedras preciosas, a Catedral de Santo Isaac recebe visitantes de todas as partes do mundo |
A catedral ortodoxa de Santo Isaac é outra beleza à parte. É
maior e mais suntuosa da cidade de São Petersburgo, embora não tão bonita
quanto a do Sangue Derramado. Com capacidade para 14 mil pessoas em seu
interior é dedicada a Pedro , o Grande. Construída entre os anos de 1818
e 1858 a catedral tem estilo neoclássico com a inserção de adornos
bizantinos e foi construída pelo arquiteto francês Auguste de Montferrand, que
venceu o concurso para a substituição da igreja de madeira. O domo principal
mede 101.5 metros e impressiona pela beleza singular.
A Catedral de Santo Isaac, padroeiro de Pedro, o Grande, é a mais suntuosa e grandiosa das igrejas de São Petersburgo, com 101,5 m de altura e se identifica facilmente por sua grande cúpula dourada |
“Na decoração da Catedral de Santo Isaac empregaram-se 43 tipos de
minerais. O zimbório foi revestido de granito e o interior, paredes e
chão de mármores russos, italianos e franceses. As colunas e o retábulo
foram revestidos de malaquita e lápiz-azuli. Foram gastos 100
quilos de ouro para dourar a cúpula de 21,8 metros de diâmetro. Adornam a
catedral quase 400 obras entre esculturas, pinturas e mosaicos”.(Fonte:
Wikipedia). Desde 1931 que a catedral é um museu aberto à visitação e com
possibilidade de ser fotografado. E merece, pois é de uma beleza
extraordinária, impressionante.
A
igreja Nossa Senhora de Kazan, a fortaleza de Pedro e Paulo, o busto do cavalo
de Pedro o Grande, teatros, praças, ruas e avenidas e uma arquitetura
única fazem da linda São Petersburgo a cidade mais bonita da Rússia.
A fortaleza de Pedro e Paulo, localizada do outro lado do rio
está totalmente recuperada após ser toda destruida durante a revolução de 1917.
Fora da cidade de São Petersburgo está o palácio de verão de Pedro
o Grande, fundador da cidade e considerado um benfeitor para o povo russo. Era
ainda pessoa viajada, de gosto refinado e isso pode ser constatado nos
jardins que rodeiam seu antigo palácio.
Posteriormente o local foi ocupado por
outros czares e descaracterizado. Mas os jardins intocados estão à disposição
para a visitação do público e é de uma beleza impressionante. O palácio hoje
tem decoração totalmente feminina e reflete o gosto de czarinas como Elizabeth
e Catarina I e II. Para se entrar no local é preciso sapatos especiais e não se
pode fotografar nada. Uma pena, pois o mundo todo merece conhecer essa raridade
em decoração.
Moscou
Moscou é uma cidade cosmopolita, agitada, com tráfego
intenso e um dos metrôs mais eficientes do mundo. Mas tudo isso perde a
importância diante da suntuosidade e da beleza de sua arquitetura. Não há como
não parar, estático, diante de tanta beleza. A cidade se instalou no ano de
1147.
Moscou está situada às margens do rio Moscova, que corre pouco
mais de 500 km através da planície do leste da Europa, na Rússia
central.Enfeitando-o vemos 49 pontes que atravessam o rio e seus canais dentro
dos limites da cidade. A largura da cidade , de oeste para leste, é de
39,7 km, sendo o comprimento de norte a sul de 51,7 km.
Trata-se de uma das capitais mais frias do mundo. No inverno as
temperaturas podem chegar 42 graus negativos, como ocorreu em 1940. A neve está
presente na cidade de três a cinco meses por ano, normalmente inicia-se
no final de novembro, derretendo em meados de março. Mas o tempo é flexível em
Moscou. No verão as temperaturas variam muito. Este ano pude ver, na mesma estação,
ou seja, no verão, temperaturas que variaram de 12 a 30 graus em um mesmo dia.
Basta chover que a temperatura despenca. Mesmo no verão as pessoas não saem de
casa sem agasalho.
O cristianismo é a religião predominante na cidade, com a igreja
ortodoxa russa, considerada uma parte do patrimônio histórico da Rússia, em lei
aprovada em 1997. Isso é tão importante para a cidade que quando se vê um
turista religioso, as pessoas que trabalham em museus e igrejas, lhe dão
preferência, facilitando a entrada e maior proximidade com as peças sacras,
como os túmulos de padres, por exemplo. Com a desintegração da União Soviética,
em 1991, muitas das igrejas destruídas durante o regime foram restauradas e as
religiões tradicionais vêm ganhando força novamente.
A primeira parte da viagem à Rússia dediquei a São Petersburgo e
ainda agora me arrependo de ter ficado menos tempo lá que em Moscou. Saint
Peter é completamente linda e merece uma visita de ,no mínimo ,10 dias. Moscou,
embora muito maior, não tem como ser vista em menos tempo também.
Fátima Oliveira no Kremlin |
O dia seguinte sigo a tradição de pegar o ônibus de turismo e
circular pela cidade para situar-me no lugar. Não tinha reparado que, para se
chegar ao ônibus andei pela linda e famosa Rua Tverskaya e atravessei parte da
Praça Vermelha, nesta época do ano ocupada com palanques para festas e shows.
Também não tinha reparado que estava ao lado do belo e imponente prédio do
mercado Gum. Na Rússia as coisas vão aparecendo na frente da gente assim, do
nada. Por isso andar por este país requer muita atenção, tempo e paciência.
Curiosa, circulo Moscou por cerca de três horas. É impressionante
a beleza das ruas, alguns prédios são em estilo neoclássico, mas
ricamente adornados.E de muito longe ou de muito perto vejo as cúpulas douradas
avisando que essa sim é Moscou, uma cidade completamente diferente de todas as
outras da Europa.
Antes da primeira curva encontro o primeiro teatro, ao lado do
Bolshoi, que é de frente à praça do Trabalhador, com a imensa estátua do
escritor, filósofo e revolucionário Karl Marx. Mal tenho tempo de erguer os
olhos e dou de cara com o prédio da assustadora KGB. Até o vermelho do prédio é
diferente do todos os outros da cidade. Avisto o primeiro arranha-céu de Stalin
(são sete prédios na cidade, chamados de as sete torres irmãs). São
bonitos e se destacam no cenário. E sigo viagem prometendo que o descer do
ônibus de turismo vou a cada lugarzinho deste para conhecer tudo em detalhes.
A mais impressionante e bela de todas as de dentro do Kremlin esta
á a igreja de São Basílio, construída sob as ordens de Ivan IV, o
terrível. E ainda a Catedral da Anunciação, do Arcanjo e o Palácio do
Patriarca. Muitos monumentos estão fechados ao público, como o prédio central
do Kremlin. Sem contar outras partes em reforma, pois se “Moscou nunca
dorme’, também não pára de receber reformas.
Catedral de São Basílio, construída na Praça Vermelha, Moscou, Rússia, entre 1555 e 1561 |
A catedral da Imaculada Conceição da Virgem Maria é a única
representante da igreja católica aposólica na cidade. Com arquitetura neogótica
é considerada um dos monumentos sacros mais bonitos da cidade. O cruzeiro
fluvial deu-me oportunidade de conhecer melhor a cidade em torno do rio Moscou
e encontrar-me com a imensa estátua de Pedro, o Grande nas águas.
O vermelho encontrado nos prédios de Moscou é único. Nunca via
nada igual. É grandioso, destaque-se no cenário da cidade. Por isso não é
difícil circular o muro, observar as grande colunas, com listras verdes e uma
estrela na ponta, pois ele é todo de cerâmica vermelho escuro.
Dentro
do Kremlin, além das igrejas, tem a história completa da Rússia,
especialmente das lutas travadas por este povo. Um exemplo de beleza e
grandiosidade do acervo são dezenas de canhões espalhados pelo parque e
calçadas e o maior canhão do mundo, confeccionado na época da invasão de
Napoleão ao país.É verdade que não chegou a ser usado para intimidar as tropas
inimigas, muito menos o imenso sino, também o maior do mundo que se quebrou
antes da instalação.
O
pedaço quebrado está ao lado e pesa simplesmente 202 toneladas. Imagine o peso
do sino todo? Do lado de fora dos portões do Kremlin está o monumento ao
soldado desconhecido, velado 24 horas por dia, por dois soldados armados que se
revezam a cada hora. A pira fica acessa em tempo integral. Os turistas ficam
próximos ao monumento tentando fazer os guardas rirem. Quem consegue, fotografa
e comemora. Eu consegui o feito. Uma bobagem, mas coisa de turista!
A catedral de São de São Basílio é uma obra de arte sacra de
beleza rara. Absolutamente linda, por dentro e por fora. Ela é a principal
edificação dentro do Kremlin. Não sei se é mais bonita por dentro ou por fora.
Idealizada por Ivan, o terrível, a catedral não é grande por dentro, mas é
suntuosa. E pode ser fotografada. La dentro afrescos em tons fortes,
imagens de santos da época revelam o bom gosto e a riqueza dos czares.
Encantadora!
Fátima no Mercado Gum |
Os jardins do Kremlin formam um espetáculo a parte. Bonito, bem
cuidado (em geral por senhoras idosas) tem as muitas árvores e flores típicas
da Rússia. Muito bonitos.
A
capital da Rússia tem 49 pontes cortando o rio Moscou. E cada uma delas tem uma
história diferente e as razões pelas quais foi construída. A mais bonita delas
é a hoje chamada ponte dos beijos.
Ganhou este nome por ser, inicialmente a mais bonita deles e onde
os casais iam se encontrar. Agora o local tem árvores construídas com cadeados,
pois lá acontecem cerimônias de casamento, encontros de amor e é onde os casais
fazem suas juras “trancando” seus compromissos de afeto.
De frente a Ponte dos Beijos e do lado contrário do
Kremlin, está a Galeria Tretyakov, o segundo mais belo museu da cidade de
Moscou, dedicado à preservação e divulgação da arte nacional do país.O
acervo é voltado exclusivamente para a arte russa e para quem tenha tido
contato com ela. E é um dos mais importantes do mundo em seu gênero.
Atualmente a Galeria Tretyakov possui mais de 130 mil itens que vão desde o
século XI até a contemporaneidade.
A Galeria foi fundada em 1856 com as primeiras aquisições de obras
pelo colecionador Pavel Mikhaylovich Tretyakov, entre artistas
contemporâneos seus, com o objetivo de criar um acervo de arte nacional
acessível para todas as pessoas. Em 1892 a galeria foi aberta ao público
com 1276 pinturas, 471 obras em papel e 10 esculturas de artistas
russos e 84 pinturas de mestres estrangeiros. Muitas destas obras seguiam
linhas arrojadas para a época, consideradas mesmo ofensivas, e o colecionador
sofreu por diversas vezes pressões e críticas de figuras da religião e da
política russa.
Fica próximo à Galeria Tretyakov, o monumento a Pedro,
o Grande. A estátua tem 98 metros e foi esculpida pelo artista
georgiano Zurab Tsereteli. Nela vemos um vigoroso Pedro na proa de um grande
navio, ostentando um pergaminho de ouro, além de outras figuras que compõem a
peça de grande beleza.
O
metrô de Moscou, com o velho e o novo conceitos de decoração enchem os olhos do
visitantes. O palácio do Povo, como definiu Lennin, tem exemplares de todas as
épocas. Inaugurado em maio de 1935, com apenas uma linha de 11 km e 13
estações, o metrôs tem hoje um dos mais extensos, eficientes e movimentados
sistemas metroviários do planeta. As 196 estações têm 12 linhas e mais de 325
km (com previsão de expansão) e transporta cerca de 7 milhões de
viajantes por dia,sendo o maior número de passageiros da Europa.
Fui a 19 estações, sendo que fiz a linha vermelha completa. A
opulência das estações encanta o visitante. As mais simples são toda coberta de
mármore. As mais modernas têm acrílico ou árvore inoxidável, mas nem por isso
deixam de ser muito belas. E viajar neste metrô é entrar em cotato direto com a
gentileza urbana. As pessoas são gentis e bem informadas e não se importam de
dar informações precisas a respeito do caminho.
A Rússia é apaixonada por cavalos, animal que contribuiu, em
muito, para as vitórias em dezenas de lutas enfrentadas por aquele povo. Tanto
em São Petersburgo como em Moscou pode-se ver grandes bustos de cavalos.
Famosos ou não, eles estão la, em bronze puro, contando a história das cidades.
Além da refinada arquitetura, das belas cúpulas douradas, das
igrejas de beleza sem igual, do metrô eficiente e bonito a cidade de Moscou tem
características incomuns à maioria das cidades de grande porte em todo mundo. O
índice de violência é zero assim como o de acidentes de trânsito. Isso porque
não se atravessa rua ou avenida movimentada. O pedestre é obrigado a se
utilizar de passagens subterrâneas para passar ao outro lado da vida.
A Rússia é uma maravilha de país. E quero voltar a
vê-la.
(*) Fátima Oliveira é jornalista premiada com os prêmios PQN e PQN de Ouro, concedido e votado pela categoria o que o legitima, por sua atuação no jornalismo brasileiro. Entre outras premiações: Mulher Destaque e Destaque do Ano, também por sua atuação jornalística durante 38 anos. é assessora de imprensa da ACER e da ONG Canadense About Face.
(*) Fátima Oliveira é jornalista premiada com os prêmios PQN e PQN de Ouro, concedido e votado pela categoria o que o legitima, por sua atuação no jornalismo brasileiro. Entre outras premiações: Mulher Destaque e Destaque do Ano, também por sua atuação jornalística durante 38 anos. é assessora de imprensa da ACER e da ONG Canadense About Face.
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