segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Instituto Atlântico divulga pesquisa sobre situação econômica do país

15 de janeiro de 2013
Autor: Comunicação Millenium
 
A mais recente pesquisa produzida pelo Instituto Atlântico, intitulada “Poderia estar melhor”, de autoria do especialista em Relações Internacionais Augusto Cattoni, traça um profundo panorama da atual situação econômica do Brasil. Cattoni faz uma análise paralela ao texto “It’s better than it seems: Brazil in the coming decades”, de Albert Fishlow, professor emérito da Universidade Columbia e da Universidade da Califórnia – Berkeley, que traz uma visão econômica otimista para o Brasil.
O professor de Relações Internacionais afirmou que “a análise do professor Fishlow é sempre interessante, porém nos pareceu incompleta” e lembrou que “há controvérsias como uma visão sóbria da realidade brasileira revela”. Dentre os temas abordados, as grandes “mazelas” da economia ganham destaque na pesquisa. As taxas de investimento, o intervencionismo do governo na economia, a política fiscal, a produtividade e o pré-sal são tratados de forma clara e reveladora. Cattoni também dá destaque à pesada carga tributária nacional: “O tributo injusto é o grande fator de manutenção do estado de subcidadania em que vivem os cidadãos brasileiros”.
 
Leia o trecho inicial do trabalho “Poderia estar melhor“, de Augusto Cattoni:
O recente texto do Professor Emérito Albert Fishlow da Universidade Columbia e da Universidade da Califórnia, Berkeley, “It’s Better than It Seems: Brazil in the Coming Decades”, preparado para o Centro de Política Hemisférica da Universidade de Miami, reflete não só a latitude intelectual do Autor na análise de desafios ao desenvolvimento das nações, como também retrata o longo caso de amor desse grande brasilianista pelo país que de alguma forma o adotou e foi por ele adotado, tamanho é o seu conhecimento específico da economia e da sociedade brasileiras.
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Por que tantas mortes nas Rodovias Federais de MG?

José Aparecido Ribeiro (*)
         
          Os números da PRF após o feriadão de carnaval dão conta de que o numero de acidentes caiu em todo o País, inclusive o numero de mortes. Porém, nas rodovias federais que atravessam MG as mortes aumentaram. As causas são muitas e a imprudência aparece como a grande vilã. Mas será que de fato ela é sozinha a causa de tantos óbitos? Há controvérsias e elas revelam que nem sempre a imprudência responde pela carnificina nas rodovias federais de MG. Na maioria dos acidentes com mortes há um outro elemento decisivo que continua sendo desconsiderado pelas autoridades federais: Elas acontecem por colisões frontais.

          Segundo dados da própria PRF, 40% dos acidentes são por colisões frontais e em mais de 85% deles, os envolvidos morrem presos às ferragens, ou a caminho dos hospitais em unidades de resgate. Se analisarmos os fatos, usando a lógica nos acidentes com mortes, a conclusão é muito simples: Bastaria que as rodovias fossem duplicadas, com afastamento de pistas ou barreiras físicas de aço ou concreto, separando as duas faixas, para deduzir que as mortes cairiam significativamente.

       Acidentes ocorrem por vários motivos: Inexperiência de motoristas para dirigir em rodovias, pistas molhadas, veículos velhos e sem manutenção, estradas construídas há mais de 60 anos, carros e caminhões cada vez mais potentes, rodovias sem manutenção, topografia, curvas acentuadas, falta de sinalização, drenagem deficiente, buracos, asfalto de ma qualidade, falta de fiscalização, alta velocidade, trafego de caminhões misturado aos de carro, carretas bi trem que dificultam a ultrapassagem de veículos com baixa potência, queda de barreiras, chuva, visibilidade comprometida no período noturno, uso do álcool, pressa, desatenção etc.

          Porém, se analisarmos os números e fizermos comparações, o estado de São Paulo, que tem uma frota 250% maior do que a de Minas tem 8 vezes menos mortes. La são 20 milhões de veículos e aqui são apenas 7,8 milhões. O motorista Paulista é brasileiro como o motorista Mineiro, mas rodovias que atravessam São Paulo, são todas duplicadas e construídas dentro de padrões rígidos de segurança. A conclusão é que enquanto as rodovias de Minas Gerais não forem duplicadas, o numero de mortes continuará aumentando, pois a cada dia, mais veículos ganham as estradas e mais pessoas viajam de carro. Sobretudo em períodos que as passagens aéreas estão caras.
 
           Com efeito, não basta colocar a culpa dos acidentes nos imprudentes, até por que, toda vez que um imprudente age, ele acaba causando dano a motoristas que cumpriam suas obrigações ao volante. É dever da União proteger os prudentes dos imprudentes, construindo rodovias minimamente seguras, que possam evitar as colisões frontais, e por consequências as mortes que ocorrem em mais de 85% desta categoria de acidentes. Os números de São Paulo é a prova disso.

(*) José Aparecido Ribeiro
Diretor da ABIMEMG-Associaçãp Brasileira de Imprensa, Mídias Eletrônicas e Digitais Minas Gerais
Consultor em Transito, Mobilidade e Assuntos Urbanos
Presidente do Conselho Empresarial de Política Urbana da ACMinas
Fundador do Movimento SOS Rodovias Federais

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O mundo da aviação mudou e está muito pior.

José Aparecido Ribeito (*)
 
Mais do que pagar multas de 3,5 milhões por vendas casadas, praticadas ilegalmente, as Cias Aéreas deveriam ser severamente punidas pela prática de DUÓPOLIO explicito. TAM e GOL agem sem o menor constrangimento, praticando tarifas absurdas, e não escondem a prática em seus sites de reserva. Trechos que custavam, há 6 meses atrás, R$200 reais, hoje não saem por menos de R$1.200 reais. Na semana passada, uma passagem BH/São Paulo/BH, emitida com 5 dias de antecedência, custou R$1.700,00 reais. O valor nas duas Cias Aéreas eram iguais até nos centavos.
 
A aviação mudou muito e mudou para pior. Houve um tempo em que o serviço de bordo era um verdadeiro banquete. A distancia entre as cadeiras permitia que o passageiro esticasse as pernas. Naquela época não sentia-se o bafo do passageiro da frente quando ele deitava a sua poltrona. Quando se perdia um voo, era possível ir no seguinte, bastando que houvesse disponibilidade. Os aviões eram menos seguros, mas muito mais confortáveis. Menores e mais barulhentos, mas muito mais espaçosos e o tratamento era mais humano e menos instrumental.

Assentar na saída de emergência não custava nada, ao contrario, elas eram ocupadas voluntariamente por quem se sentisse apto a opera-las. As mudanças de datas ou de horários não custavam outra passagem. Viajar de avião tinha um certo glamour. Tempos que não voltam mais. Hoje os aeroportos são piores do que rodoviárias, desconfortáveis, entupidos de gente, filas para todos os lados, até para tomar um café que custa 6 reais, tem filas. Os banheiros estão lotados e quase sempre sujos. Voar dentro do Brasil é mais caro do que para fora do País.
Na alta temporada, as passagens são proibitivas. Hoje vale muito mais o lucro, do que a segurança do passageiro. O serviço de bordo, que antes era um diferencial, está sendo cobrado e o preço é salgado. Paga-se para respirar o ar insalubre dos aviões. Se perder o voo, é melhor comprar outra passagem, pois nunca consegue-se viajar no mesmo dia sem ser expropriado pelas taxas absurdas. Não tem conversa. São as normas. Elas são frias, imutáveis e sempre contra os passageiros, nunca a favor. Promoções, só para “inglês ver”. Disponibiliza-se 5 assentos promocionais em um avião que transporta 200 passageiros e chamam isso de promoções.

Pedir reembolso de passagem custa 50% do valor pago e ainda assim vc precisa esperar 30 dias em media. Viajar com milhagens de outra pessoa é extremamente arriscado. Isso por que qualquer mudança só quem pode fazer é o titular, sempre pagando com pontos quase outra passagem. Os comissário não tem mais a delicadeza de antes, com honrosas exceções, são brutos, mal humorados e trabalham como robôs, repetindo o que manda a cartilha. Saudades dos tempos em que viajar de avião era motivo de satisfação. Tempos em que passageiros eram pessoas, e não instrumentos.

Sem estradas decentes, sem transporte publico minimamente confortável, viajar de avião não é luxo, é necessidade. Este novo cenário revela que nem sempre a saúde financeira ou o tamanho da Cia Aérea significam melhorias para os usuários. As fusões mais recentes que transformaram, por exemplo a TAM e a LAN, em Cias. gigantes, não trouxeram nenhuma vantagem para os usuários, ao contrario, tudo ficou mais difícil e muito pior. A fusão da TRIP com a Azul, se foi boa, só atendeu às duas Cias., pois os preções já estão mais caros. Se não bastasse, qualquer mudança, que antes eram feitas sem muita burocracia, hoje tem taxas, mesmo que haja disponibilidade.

Pagamos até pelo que deveria ser obrigatório, como os assentos nas saídas de emergência. O instrumentalismo e a sanha pelo lucro tornaram-se obsessão, enquanto que o passageiro virou apenas um numero. Em países de dimensões continentais como o Brasil, sem estrutura e alternativas, onde o avião é serviço de utilidade publica, viajar de avião não é um luxo, mas uma necessidade. Nossos governantes ainda não perceberam que a atividade precisa de regulamentação, não pode ser sujeitas às leis de mercado, sobretudo para o Norte e Nordeste do País. Até que haja concorrência de fato, a prática mostra que as Cias. estão fazendo o que querem e precisam de um freio.

(*)José Aparecido Ribeiro
     Bacharel em Turismo
    Consultor de Empresas
    Profissional de Turismo há 25 anos.
    Diretor da ABIMEMG