Fonte: Portal Estado de Minas
Nos últimos anos, o mercado mineiro da comunicação vem perdendo força no
cenário nacional. De acordo com levantamento do Sindicato das Agências de
Propagandas de Minas Gerais (Sinapro-MG), o estado caiu do 3º para o 5º lugar em
faturamento e continua perdendo contas importantes para agências do eixo São
Paulo–Rio e até mesmo para estados como Bahia e Pernambuco. Os motivos para essa
queda vertiginosa vão desde a falta de atuação política mais favorável ao
mercado mineiro às práticas desleais de mercado.
Para tentar reverter o
quadro negativo, no dia 7 de maio, às 18:30, na Associação Comercial e
Empresarial de Minas (ACMinas), será lançado o Conselho de Comunicação da
ACMinas. Criado com base na filosofia da entidade, constituída de 21
conselhos setorizados que representam boa parte da cadeia produtiva mineira, o
conselho surge com o objetivo suprir anseios da indústria da comunicação
mineira.
UNIÃO
Criado depois de dois anos de intensa
pesquisa, o conselho terá como presidente o publicitário Helinho Faria, da Faz
Comunicação, que explica como surgiu o projeto. "Como sou diretor da Associação
Comercial, recebi a sugestão do presidente da entidade, Roberto Fagundes, para
criar, com total liberdade, o Conselho da Comunicação. A partir daí, iniciamos
um intenso trabalho de elaboração que durou dois anos. Ouvimos representantes de
37 entidades da cadeia produtiva da comunicação mineira. Esse aglomerado
representa agências de publicidades, agências de web, produtoras de áudio e
vídeo, gráficas, locutores, designers, revistas, jornais, portais e sites,
emissoras de rádio e TV, mídia exterior, assessoria de imprensa,
relações-públicas e empresas de comunicação corporativa. Portanto, elaboramos um
conselho que reúne as principais forças da indústria da comunicação de Minas
Gerais."
AGILIDADE
O publicitário enumera os principais
objetivos do conselho, que terá apoio de uma empresa especializada para
acompanhar o cumprimento das metas estabelecidas. "O conselho não pretende estar
acima das entidades de classes. Mas não será apenas um órgão consultivo. É, na
verdade, a união de forças para estimular e agregar valores a esse aglomerado.
Estamos sofrendo perdas constantes e ficamos, muitas vezes, em situações
apáticas ou limitadas às ações isoladas. É cada um defendendo seu interesse e
separadamente é difícil lutar contra mercados como o de São Paulo, por exemplo,
que é extremante organizado e unido na defesa de seus interesses. Essa nova
união de forças em Minas é para, juntos, alcançarmos metas que serão
estabelecidas e desenvolvidas pelo conselho. Estamos recebendo apoio de
entidades empresariais. E para que não fique só no discurso, teremos uma empresa
nos assessorando no sentido de cobrar metas e
resultados."
OBJETIVOS
O conselho se apoia, segundo Helinho
Faria, em três pilares essenciais: criar proatividade no mercado visando a novos
negócios; fortalecer e estabelecer metas para alcançar os objetivos; e a
retomada de crescimento e reposicionamento perante o mercado nacional. "Para
mudar esse cenário, precisamos incentivar a qualificação e a capacidade de
mobilização dos integrantes desse aglomerado da comunicação; ser representativos
e mais atuantes no diálogo com entidades do setor; ter conselheiros experientes
em áreas estratégicas como assessorias de comunicação de instituições públicas e
privadas, de veículos de comunicação, economia, administração, marketing,
jornalismo, web, universidades, pesquisadores, entre outros. Enfim, criar uma
convergência de conhecimentos para estabelecer e desenvolver medidas que
impulsionem o crescimento da nossa indústria da comunicação, por meio de
debates, agenda positiva, desenvolvimento de produtos e serviços, novos
negócios, audiências públicas, seminários e outras atitudes
proativas".
POLÍTICAS
O publicitário Roberto Bastianetto,
vice-presidente do conselho, destaca a forte demanda reprimida. "Parecia que
estavam todos esperando uma iniciativa assim. Esse é um trabalho inédito no
país, porque vamos ter representantes de todos os segmentos. Não queremos
reserva de mercado, mas temos que buscar estímulos, ações que nos protejam mais,
constituir uma bancada política que lute pela preservação e crescimento do
mercado da comunicação. Em muitas situações, perdemos contas por timidez. É
aquele frase infeliz: 'Minas trabalha em silêncio'. Então, o conselho obteve
adesão de todos por entender nossa real necessidade de nos assumirmos, de fazer
muito barulho e reconquistar e abrir novos espaços".
INCREMENTO
A diretoria do conselho terá 15 personalidades representando os 37 segmentos
do aglomerado da comunicação. Eles serão empossados no dia 7 de maio, na
ACMinas, onde funcionará o conselho. "Essas personalidades terão a missão
de aprimorar relacionamentos com o meio oficial, bancadas federal, estadual e
municipal, sempre agindo de forma institucional. Além disso, motivar, agregar
valores, firmar parcerias, realizar eventos, entre outras atribuições. Mas se
tivesse que resumir tudo em uma única frase diria: "O conselho tem a missão de
criar condições para que possamos incrementar o mercado mineiro da comunicação",
completa Faria.
Observação de Notícias Daqui e Dali: O novo presidente do Conselho Empresarial de Comunicação da AC Minas é vice-presidente da abramidia| mg.