quinta-feira, 9 de maio de 2013

Mercado ganha Conselho de Comunicação para tentar reverter quadro negativo

Fonte: Portal Estado de Minas

Nos últimos anos, o mercado mineiro da comunicação vem perdendo força no cenário nacional. De acordo com levantamento do Sindicato das Agências de Propagandas de Minas Gerais (Sinapro-MG), o estado caiu do 3º para o 5º lugar em faturamento e continua perdendo contas importantes para agências do eixo São Paulo–Rio e até mesmo para estados como Bahia e Pernambuco. Os motivos para essa queda vertiginosa vão desde a falta de atuação política mais favorável ao mercado mineiro às práticas desleais de mercado.

Para tentar reverter o quadro negativo, no dia 7 de maio, às 18:30, na Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), será lançado o Conselho de Comunicação da ACMinas. Criado com base na filosofia da entidade, constituída de 21 conselhos setorizados que representam boa parte da cadeia produtiva mineira, o conselho surge com o objetivo suprir anseios da indústria da comunicação mineira.

UNIÃO
Criado depois de dois anos de intensa pesquisa, o conselho terá como presidente o publicitário Helinho Faria, da Faz Comunicação, que explica como surgiu o projeto. "Como sou diretor da Associação Comercial, recebi a sugestão do presidente da entidade, Roberto Fagundes, para criar, com total liberdade, o Conselho da Comunicação. A partir daí, iniciamos um intenso trabalho de elaboração que durou dois anos. Ouvimos representantes de 37 entidades da cadeia produtiva da comunicação mineira. Esse aglomerado representa agências de publicidades, agências de web, produtoras de áudio e vídeo, gráficas, locutores, designers, revistas, jornais, portais e sites, emissoras de rádio e TV, mídia exterior, assessoria de imprensa, relações-públicas e empresas de comunicação corporativa. Portanto, elaboramos um conselho que reúne as principais forças da indústria da comunicação de Minas Gerais."

AGILIDADE
O publicitário enumera os principais objetivos do conselho, que terá apoio de uma empresa especializada para acompanhar o cumprimento das metas estabelecidas. "O conselho não pretende estar acima das entidades de classes. Mas não será apenas um órgão consultivo. É, na verdade, a união de forças para estimular e agregar valores a esse aglomerado. Estamos sofrendo perdas constantes e ficamos, muitas vezes, em situações apáticas ou limitadas às ações isoladas. É cada um defendendo seu interesse e separadamente é difícil lutar contra mercados como o de São Paulo, por exemplo, que é extremante organizado e unido na defesa de seus interesses. Essa nova união de forças em Minas é para, juntos, alcançarmos metas que serão estabelecidas e desenvolvidas pelo conselho. Estamos recebendo apoio de entidades empresariais. E para que não fique só no discurso, teremos uma empresa nos assessorando no sentido de cobrar metas e resultados."

OBJETIVOS
O conselho se apoia, segundo Helinho Faria, em três pilares essenciais: criar proatividade no mercado visando a novos negócios; fortalecer e estabelecer metas para alcançar os objetivos; e a retomada de crescimento e reposicionamento perante o mercado nacional. "Para mudar esse cenário, precisamos incentivar a qualificação e a capacidade de mobilização dos integrantes desse aglomerado da comunicação; ser representativos e mais atuantes no diálogo com entidades do setor; ter conselheiros experientes em áreas estratégicas como assessorias de comunicação de instituições públicas e privadas, de veículos de comunicação, economia, administração, marketing, jornalismo, web, universidades, pesquisadores, entre outros. Enfim, criar uma convergência de conhecimentos para estabelecer e desenvolver medidas que impulsionem o crescimento da nossa indústria da comunicação, por meio de debates, agenda positiva, desenvolvimento de produtos e serviços, novos negócios, audiências públicas, seminários e outras atitudes proativas".

POLÍTICAS
O publicitário Roberto Bastianetto, vice-presidente do conselho, destaca a forte demanda reprimida. "Parecia que estavam todos esperando uma iniciativa assim. Esse é um trabalho inédito no país, porque vamos ter representantes de todos os segmentos. Não queremos reserva de mercado, mas temos que buscar estímulos, ações que nos protejam mais, constituir uma bancada política que lute pela preservação e crescimento do mercado da comunicação. Em muitas situações, perdemos contas por timidez. É aquele frase infeliz: 'Minas trabalha em silêncio'. Então, o conselho obteve adesão de todos por entender nossa real necessidade de nos assumirmos, de fazer muito barulho e reconquistar e abrir novos espaços".

INCREMENTO
A diretoria do conselho terá 15 personalidades representando os 37 segmentos do aglomerado da comunicação. Eles serão empossados no dia 7 de maio, na ACMinas, onde funcionará o conselho. "Essas personalidades terão a missão de aprimorar relacionamentos com o meio oficial, bancadas federal, estadual e municipal, sempre agindo de forma institucional. Além disso, motivar, agregar valores, firmar parcerias, realizar eventos, entre outras atribuições. Mas se tivesse que resumir tudo em uma única frase diria: "O conselho tem a missão de criar condições para que possamos incrementar o mercado mineiro da comunicação", completa Faria.
 
Observação de Notícias Daqui e Dali: O novo presidente do Conselho Empresarial de Comunicação da AC Minas é vice-presidente da abramidia| mg.


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