sexta-feira, 28 de maio de 2010

Operação "ficha limpa" é vitória política e moral da sociedade brasileira

26/05/2010
 Manifestantes "lavam" o Congresso Nacional para pressionar pela aprovação do projeto "ficha limpa"

Foi uma petição impressionante e inédita no Brasil. Mais de um 1,5 milhão de eleitores a assinaram; mais de 3 milhões a apoiaram na internet. E essa iniciativa popular, prevista pela Constituição, tornou-se lei, votada por unanimidade pelos deputados e senadores. Uma lei anticorrupção, com um nome simbólico: ficha limpa.
E o que ela diz? Que toda personalidade política condenada em primeira instância por órgão colegiado - a sentença de um único juiz não basta - por corrupção eleitoral, compra de votos ou desvio de verba será inelegível por oito anos. Essa sanção também afetará os espertinhos que, até agora, renunciavam ao cargo para escapar da justiça.

A adoção da lei “ficha limpa” é uma vitória política e moral espetacular da sociedade civil em um país onde a corrupção e seus corolários - nepotismo, clientelismo, favoritismo - corroem a vida pública em todos os níveis, dos ministros aos mais modestos vereadores. A opinião mostrou com impacto que ela não quer mais ser representada por políticos de “ficha suja”.

Tudo começou em setembro de 2009, quando o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), uma rede de 44 associações, apresentou sua petição à Câmara dos Deputados em Brasília. Uma iniciativa apoiada pela Igreja e por vários jornais. Dois meses depois, vídeos comprometedores mostravam o governador do Distrito Federal de Brasília, José Roberto Arruda, membro da oposição, recebendo gordos maços de dinheiro. Ele renunciou e passou dois meses na prisão.

Esse enésimo caso legitima um pouco mais a cruzada civil cuja dimensão pegou de surpresa a classe política. Ela se popularizou pela internet por meio do site Avaaz.org, movimento mundial que promove campanhas democráticas online. O texto da lei transitará entre as duas Assembleias durante oito meses.
Alguns políticos chiam, outros hesitam. Um senador teve a infelicidade de declarar que esse projeto “não é prioridade”, logo causando uma reação em massa da imprensa. Com a aproximação das eleições presidenciais e parlamentares de outubro, é definitivamente difícil ir contra uma corrente de opinião como essa. Por fim, os políticos pegaram o bonde andando e adotaram a lei em uma estranha sessão de autocongratulação coletiva.
Sua votação oportunista é uma homenagem do vício à virtude. Pois a Justiça tem uma grande clientela no Congresso Federal. Segundo o site Congresso em Foco, 150 parlamentares - 129 deputados e 21 senadores - têm pendências com o Supremo Tribunal Federal. Ou seja, um em cada quatro congressistas. Um deles é até acusado de estupro. Quase o mesmo número é alvo de uma investigação do Tribunal de Contas brasileiro.

Na lista da ONG Transparência Internacional, o Brasil ocupa, em matéria de corrupção, uma posição média: 75º lugar, em 180. Mas sua imagem sofre com a impunidade na qual é campeão. Desde a votação da Constituição, em 1988, o Supremo Tribunal condenou um único deputado federal. E mesmo assim, muito recentemente: nove anos após os fatos e doze dias antes de sua prescrição. Esse deputado pagou uma multa ridiculamente baixa em relação às somas que desviou quando era prefeito; e manterá seu mandato até as próximas eleições.

Nenhum político foi preso após o enorme escândalo do mensalão, que em 2005 quase provocou a renúncia do presidente Lula. Seu partido comprava generosamente os votos dos deputados aliados. O ex-chefe de Estado, Fernando Collor, cassado por corrupção em 1992 e destituído de seus direitos civis por oito anos, voltou ao Congresso, como senador. No Brasil, pecado de dinheiro não é mortal. E pratica-se muito a redenção.

Entretanto, a corrupção custa caro ao Brasil. Segundo recente estudo oficial, ela lhe custa quase US$ 40 bilhões por ano. Ela freia o crescimento, entrava a produtividade e envenena o ambiente para negócios.

É um objeto privilegiado de análise. Historiadores e sociólogos apontam para a tradição “patrimonial” herdada do antigo império, onde bens públicos e interesses privados confundem-se e onde a carreira política é vista primeiramente como um meio de enriquecer.

No Brasil, o respeito ao serviço público, o sentido do interesse geral e o pacto entre o contribuinte e o Estado têm dificuldade em prevalecer sobre os laços de dependência, as relações de clientelas ou as trocas de favores.

Para os iniciadores da campanha, a luta continua. Eles dizem que seu texto é só a primeira etapa de uma grande reforma política, prometida e depois abandonada por Lula, que codificaria, entre outras coisas, o financiamento das campanhas eleitorais.

Será que eles conseguirão vencer os velhos tropismos - ignorância, indiferença ou desconfiança - que mantêm o fatalismo da maioria em relação às tentativas de moralização política? A nova lei só se aplicará no momento das eleições municipais de 2012. Até lá, os “fichas sujas” ainda têm um pouco de tempo para suas manobras. Tradução: Lana Lim Cique aqui para ler a versão original em francês.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

II Congresso Nacional da ABIME - Aracajú Maio 2010



A instalação e posse da ABIME/ SE aconteceu durante o II Congresso Nacional da ABIME, de 21 a 24 de maio, no Hotel Mercure de Aracajú. A presidente, Fabiana Chaves, foi a responsável pela organização do evento que levou participantes de vários estados do país. Na oportunidade foram apresentados os presidente e vice-presidente da AMIME - Associação Mineira de Imprensa de Mídia Eletrônica que será a mesma da ABIME/ MG: Suzely Ortênzio, de BH e Carlos Hugueney Bisneto, de Uberlândia. Foz do Iguaçu foi a cidade escoohida para abrigar o III Congresso da ABIME em 2011.
Suzely, Fabiana Chaves, Lilian Guellmann e Vera Tabach
exibem o material de Foz do Iguaçu, sede do ABIME 2011
Patrocinaram o evento: Governo do Estado de Sergipe, Emsetur, SEDETEC- Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turismo; SEBRAE; Paraíso das Flores; SENAC; UNIT- Universidade Tiradentes; Augustu’s Produções. Apoios: ABIH- Associação Brasileira da Indústria de Hotéis; CJE; Convention Bureau; Programa Fala Sério; Revista Acesso News e Jornal Gazeta New. Fotos: Lilian Grellmann (Revista 100 Fronteiras - http://www.revista100fronteiras.com.br/)  e  Suzely Ortênzio


O empresário Luciano Barreto, um dos colaboradores do evento

Carlos Hugueney Bisneto, de Uberlândia; Lillian Grellman,
de Foz do Iguaçu e  Tiago Barreto Santos, de Aracajú

 
Vera Tabach, presidente da ABIME Nacional, Elias e a
palestrante Iara Guilherme

Ovádia Saaida (SP), Suzely (MG) e Lilian Grellmann (PR)
Desembarcam no aeroporto de Aracajú

 Piscina do Hotel Mercure que sediou o Congresso

De Salvador, Manoel Guedes, Igor Lobo, Cristianne Montenegro e Marcello Fontes











          
Alexandre Marcondes, Lillian Grellmann, Araripe  Coutinhoo, Fernando Fischer e Suzely

FRANCESCA ROMANA DIANA DESFILOU NOVA COLEÇÃO PARA AMR

A alta-costura em bijuteria da Francesca Romana Diana desfilou sua nova coleção no dia 19 de maio, no Buffet Sônia Magalhães, durante o Chá Solidário da Associação Mineira de Reabilitação (AMR), com presença da própria design. A sofisticação da marca apresentou no Chá Solidário o desfile de sua nova coleção, inspirada nos grandes centros urbanos, cidades contemporâneas e estilosas. Os destaques da coleção são as pulseiras Prints uma releitura super moderna dos tartans, pied de poule e vivhys, lançadas por Francesca na Semana de Moda em Paris e os pingentes São Paulo. A contemporaneidade da design e o brilho das peças compuseram o cenário para este desfile. O Chá Solidário 2010 da AMR, tem como finalidade promover responsabilidade social, arrecadando fundos para a instituição, investindo na criança e no adolescente carente. Fotos: Fábio Duque


Francesca Romana Diana, Cristian Moreira Gonçalves e Tatiana
Sandra Penna, Helena e Margariada Dias












                                                          Suzana Coelho e Fernanda Bacha
           

quinta-feira, 20 de maio de 2010

LENA HORNE, QUEM SE LEMBRA DELA?

Por Fábio Doyle (*)

LENA Mary Calhoun Horne morreu domingo, dia 9, em Nova York, aos 92 anos. Ela nasceu em 30 de junho de 1917. Os que se lembram dela poderão estranhar o nome. Como cantora, como artista, como sex symbol morena do cinema norte-americano, ela adotou, e fez seu nome ficar famoso, como Lena Horne. Mereceu um registro em jornais de TV, uma boa matéria em O Estado de S. Paulo, e notas curtas em outros mais. E parece que foi só.
LENA Horne merecia mais. Acontece que seus admiradores, das décadas de 40 e 50, já morreram ou perderam a memória. Quase todos. A nova geração não se interessa muito por coisas tão antigas. Uma pena.
LENA não foi apenas cantora. Tinha voz suave nas canções românticas, e firme e com grande alcance nos temas do jazz sincopado, no vocal jazz e nos rítmos que marcaram a música negra nos Estados Unidos. Enfrentou preconceitos raciais, sempre de cabeça erguida. Foi prejudicada pelo racismo que era muito violento nos anos em que surgiu no mundo da música e do cinema. Mas conseguiu impor seu talento e sua personalidade, na música, no palco, no cinema, sem jamais ceder aos que tentavam, e foram tantos, e tão insistentes, calar sua voz.

LENA era negra mestiça, de pele clara, tão clara que foi proibida de beijar atores negros nos filmes que fez, pois poderiam pensar que se tratava de uma branca beijando um negro. Para superar o problema, a Metro Goldwin Mayer pediu à Max Factor que criasse uma maquiagem que escurecesse sua pele. Os pesquisadores da empresa famosa na criação de produtos de beleza conseguiram encontrar a fórmula exata, surgindo, então, o crème "Egyptian 5", que passou a ser usado no cinema, escurecendo artistas brancas, e no teatro. Louis B. Mayer, o dono da Metro, percebendo o talento de Lena, levou-a para fazer parte do seu elenco de artistas consagrados, assinando com ela um contrato válido por sete anos. Ela foi a primeira artista negra a ser contratada. Mas foi impedida de trabalhar em vários filmes, um deles com Clark Gable. Seu contrato, apesar disso, foi mantido por Mayer pelos sete anos.

FORAM muitos os episódios que se tornaram famosos envolvendo Lena Horne. Um deles, quando ela se ofereceu para cantar para os soldados norte-americanos que lutavam na Segunda Guerra. Lena chegou ao auditório improvisado na caserna e percebeu que os soldados brancos ocupavam todas as primeiras fileiras, ficando os soldados negros lá no fundo. Ela não se conteve: com o microfone na mão, atravessou o auditório e foi cantar primeiro para os de sua raça, lá atrás, voltando depois para cantar para os brancos. Resultado, foi mandada de volta para casa. Felizmente viveu o bastante para ver Barack Obama, negro mestiço como ela, chegar à presidência de seu país.

FOI sempre uma lider respeitada. Pertencia a uma família burguesa de bom nível, o pai um homem culto, os avós envolvidos em campanhas política no Brooklyn, onde nasceu Ao casar-se, aos 32 anos, com um músico branco, foi criticada e recebeu ameaças até de morte. Fundou uma sociedade beneficente que ajudava músicos e atores idosos, independente de cor e raça, que estivessem enfrentado problemas financeiros e de saúde. Foi perseguida por ser amiga do grande cantor Paul Robeson, por razões políticas, o que a impediu de trabalhar na televisão de 1952 a 1959, quando Frank Sinatra, solidário sempre, em gesto nobre, a levou para seu programa.

LENA Horne era a morena mais bonita do cinema e do show biz norte-americano. Enfrentou duras perdas, como a de seu pai, seu filho, de 29 anos, e de seu melhor amigo Billy Strayhorn. Envelheceu com dignidade. Recolheu-se ao seu mundo, seu pequeno mundo: "Eu comecei a mudar quando todo mundo passou a me deixar, quando eu me dei conta que o pior que me poderia acontecer é que eu estava sobrevivendo", desabafou para um dos raros amigos que a visitava. Inteligente, além de muito bonita e de dona de uma voz privilegiada, recebeu da Universidade de Yale o título de doutora honoris causa. Em 1981 recebeu o troféu Tony pelo show "The Lady and Her Music", que apresentou na Broadway. Em 1997, ao completar 80 anos, foi homenageada no Lincoln Center, com a presença dos grandes nomes da música. Fez muitos filmes, um dos primeiros foi "Cabin in the Sky", dirigido por Vincente Minelli, em 1942, quando tinha 25 anos. Em 1956 fez outro filme famoso, "Till the Clouds Roll By".

PRESTO a ela a minha homenagem, a homenagem do menino da rua Aimorés, 1892, no bairro de Lourdes, que a admirava através dos programas musicais em ondas curtas da rádio WRCA (a televisão era ainda um projeto distante) e dos filmes que eram exibidos nos cinemas Metrópole e Glória. Uma admiração que se tornou maior ainda quando Lena Horne gravou, com sensibilidade e voz perfeita, "Stormy Wheather", a canção que não apenas a consagrou, mas que marcou aqueles anos inesquecíveis.

PARA finalizar, devo mencionar um episódio curioso. Estava, no dia 9, o Dia das Mães, na fazenda de Pedro Henrique Nehring César, meu genro. Marília, minha filha, escolheu alguns CDs para musicar o almoço. Entre eles, alguns blues, o ritmo melancólico do sul dos Estados Unidos. Perguntei a ela se não teria um CD de Lena Horne. Não tinha. Naquele dia, lá em Nova York, talvez naquele momento em que eu me lembrava dela, a linda e brava guerreira despedia-se do mundo. (Fotos do site www.starpulse.com)

(*) Jornalista, membro da Academina Mineira de Letras

Blog: fabiopdoyle.zip.net

terça-feira, 18 de maio de 2010

Reeleito presidente da APACOS, Ovádia Saádia

A Apacos (re)elegeu seu novo presidente Ovadia Saadia, para o quadriênio 2010-2014, dentro de todas as normas e atribuições da entidade.

Ovadia Saadia nasceu em Alexandria, no Egito, em 1965. Judeu-sefaradi, pertence a uma das últimas famílias israelitas a sair daquele país e chegou a São Paulo em 1967. Naturalizado brasileiro e formado em Comunicações e Administração de empresas (pela USP- FEA e ECA, Escola de comunicações e artes), após anos atuando no comércio atacadista e varejista da família, Ovadia foi colunista de gastronomia e variedades durante 2 décadas, quando escreveu artigos célebres em veículos como Resenha Judaica e Veja São Paulo.  Paralelamente trabalhou sempre em casas noturnas míticas de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Nova York como Régine’s, Gallery, Maxim’s, Hipoppotamus, Palladium, Societá, Tramp e Castel, sempre como relações públicas social e comercial, focado a novos negócios.  Também como relações públicas e assessor de imprensa atuou, a partir dos anos 90, nos hotéis Maksoud Plaza, Gran Meliá WTC São Paulo, Gran Meliá Mofarrej e Caesar Park, todos na capital paulista, e Conrad e Mantra, no Uruguai, entre outros do Brasil e do Exterior. Atualmente é presidente da Associação Paulista dos Colunistas Sociais (Apacos), que congrega jornalistas da área de todo interior de São Paulo.





Amaury Jr, Eliana Pittman e Ovádia

Com a cantora Wanderleá
Conheça o trabalho de Ovádia: http://www.ovadiasaadia.com.br/

sábado, 15 de maio de 2010

FIm de Semana Badalado no Balneário Camboriú

A  festa começou bombando e em plena passarela do Balneário Camboriú Fashion, semana da moda que acontece no Balneário Camboriú Shopping, o mais badalado balneário do Sul do Brasil. "Ainda não chegou todo mundo, mais o esquenta foi grande e continuará lá no Green Valey. Não vou porque já estou mareado" Comenta Jefferson Severino, diretor de Relações Públicas da ABIME que continua com as boas notícias do evento:
A alegria da galera foi a Cacau - Claudia Colucci do BBB, que este vosso criado para assuntos leves tratou de agarrar porque "num sou bobo e nem nada" e porque sou o único que tem acesso ao backstage, coisas da profissão! E amanhã a festa vai ser maior ainda aqui no Resort Recanto das Águas, com uma tremenda feijoada VIP promovida pelo nosso confrade e vice presidente da ACCS, Ademar Robert, nosso anfitrião, juntamente com prefeito e o governador do Estado, além de muita gente bacana. Fotos Jefferson Severino!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Homenagem para Amaury Jr em São José do Rio Preto, neste sábado, dia 15 de maio!

O JORNALISTA AMAURY JR,o pioneiro e hoje um nome emblemático em matéria de coluna social eletrônica, será homenageado neste sábado, 15 de maio, em sua terra natal, São José do Rio Preto, durante a festa dos 90 anos do Rio Preto Automóvel Clube.  O clube outorgará a Amaury, o título de “Sócio Honorário”. A iniciativa é do diretor social, nosso confrade e conterrrâneo, Waldner Lui e o clube é o mais antigo e tradicional da cidade, hoje presidido por Eládio Silva. A festa será animada pela Orquestra Tabajara.
A presidente da FEBRACOS, Vera Martins e Amaury Jr.