O cofundador e CEO da Gestour Brasil,
desenvolvedora da inovadora plataforma tecnológica do eMarketplace do Turismo
Brasileiro, Vadis da Silva, explica em um breve vídeo (10 minutos e 36 segundos)
as principais mudanças ocorridas no sistema de distribuição do setor de viagens
e turismo com o advento da internet.
Ao analisar as transformações do modo offline de fazer
negócios para o modelo online, interativo e colaborativo, o executivo
oferece uma série de dicas de como agências de viagens, operadoras de turismo,
serviços de transfer, hotéis; enfim, os empreendedores dos diferentes elos da
cadeia de valor podem agora obter vantagens competitivas atuando como varejistas
digitais. “O avanço tecnológico tira todos da zona de conforto e provoca uma
equivocada e radical postura contrária ao mercado virtual”, afirma. "O cenário
macroeconômico não admite desperdícios, inclusive de tempo", completa.
Convidamos você a assistir o vídeo e, desde já, estamos à sua
inteira disposição para enviar à sua análise um artigo exclusivo ou responder
perguntas que
Em meio a um carnaval cujo formato
cada vez mais predominante são os blocos, músicos mineiros se reúnem no início
de 2016 para formar a Orquestra Royal,
inspirada nas bandas que animavam bailes e carnavais de salão do passado, mas
com roupagem descontraída e moderna.
Com um repertório baseado em
marchas, sambas e boleros, o grande diferencial da Orquestra Royal é tocar
predominante temas autorais, já que boa parte das marchinhas são composições
dos próprios integrantes, entre elas Selfolia, Manja Rolha, Não Enche o Saco doChico, Sudorese em BH, Prefeito libera o Cooler, O Pano da Cuíca e, claro, O Baile do Pó Royal, que dá nome ao conjunto. Várias destas viralizaram na
internet.
O Baile e Selfolia inclusive são
campeãs de concursos recentes, sendo a primeira do Mestre Jonas de 2014 e
Selfolia do Concurso Mineiro de Marchinhas, em 2015.
“Nosso intuito é em primeiro lugar
divertir. Além disso, percebemos que, após três anos compondo marchinhas que caíram
no gosto popular, este repertório merecia uma interpretação autoral, cativa. O
formato foi inspirado no habitat natural das marchas, que é o baile de
carnaval.“ explica Vitor Velloso, fundador e cantor na Orquestra.
A Orquestra Royal terá dois shows em
Belo Horizonte nos próximos dias. O primeiro, seu lançamento oficial, acontece
entre as ruas Paraíba e Santa Rita Durão, na Savassi, dia 30, às 16h. O outro
será na sexta de carnaval, dia 05, no Gilboa, na Rua Pium-i, 772, às 20h.
CONCURSOS
Vitor Velloso e Marcos Frederico
estão no páreo esse ano com a marcha “Não Enche o Saco do Chico”, finalista no
Concurso Mestre Jonas, de Belo Horizonte e no Concurso da Fundição Progresso, o
mais relevante do país, no Rio de Janeiro. Os dois se apresentarão na cidade,
no Circo Voador, dia 27, quarta-feira, abrindo show de Hamilton de Holanda com
Dudu Nobre e Bateria da Mocidade.
Já a marcha “Prefeito, Libera o
Cooler”, do baterista da Royal, Helton Lima, também é finalista no Mestre Jonas.
A partir deste domingo, O Antagonista passará a publicar uma série de crônicas sobre Brasília, fonte de nossos males e aflições (inclusive para a maioria dos brasilienses). Quem as assina é Tio Barnabé, pseudônimo de um mineiro de Paracatu, já falecido, que trabalhou a maior parte da sua vida no Superior Tribunal Militar.
O seu sobrinho propôs ao Antagonista que as publicasse, com o seguinte argumento: "Encontrei umas coisas escritas em cadernos Tilibra sem pauta, com caneta Parker 51 antiga. Achei engraçadas, às vezes desarrazoadas e outras tantas cogitei se não seriam anotações de alguém com transtorno de humor. De todo modo, a letra é boa, o espaçamento adequado, quase sem borrões e dá impressão que escreve de golfada. O lugar mais apropriado me pareceu ser a publicação em O Antagonista, afinal creio que a leitura de contexto, barba, cabelo, bigode, buço, contorno e retorno desse material tem a cara dos leitores desse atilado site noticioso e dos Cavaleiros do Apocalipse que o empreendem".
Argumento aceito, e esclarecido o fato de que Tio Barnabé não pertencia nem mesmo remotamente ao clã Odebrecht, decidimos abrigar o autor em nosso site.
A seguir, a crônica de estreia:
Um plano ainda piloto
Sempre entendi que a expressão “Plano Piloto” do projeto urbanístico de Lúcio Costa era no sentido de que se tratava de obra experimental. Se foi isso mesmo, parabéns ao vislumbre de tragédia do douto urbanista.
Segundo o museu virtual de Brasília, o projeto “sugeria uma nova concepção de vida, baseada no resgate de valores essenciais ao bem-estar coletivo. Uma cidade-parque em que homem e natureza convivessem de forma harmoniosa e em que os laços comunitários fossem fortalecidos. Uma capital arrojada e moderna, com um sistema viário inovador, pontuada por monumentos de forte impacto cívico e arquitetônico”.
Para quem não é daqui ou não sabe mesmo, os princípios básicos do projeto eram a setorização urbana por atividades e um novo tipo de técnica viária que eliminaria os cruzamentos com as famosas tesourinhas.
A cidade teria dois grandes troncos de circulação, o Eixo Monumental, que vai de Leste a Oeste, e o Eixo Rodoviário-Residencial (Eixão), que vai de Norte a Sul e é cortado transversalmente pelas vias locais.
Com exceção de poucos edifícios altos na chamada área central, o Plano Piloto se caracterizaria pela paisagem horizontalizada, pela predominância de grandíssimos espaços livres e pela grande amplitude visual. Tudo romanticamente estilizado em escalas que o poeta urbanista chamou de residencial, monumental, gregária e bucólica.
Lúcio Costa, francês de nascimento, vivia no final da década de 50 no Rio de Janeiro, o melhor lugar da Terra para ser elite, criar a bossa nova e jogar frescobol nas praias de Ipanema e Copacabana. Entretanto, como sabemos, naquela época, 7 em cada 10 crianças em idade escolar estavam fora da escola.
O projeto urbanístico de Brasília logo expulsou os pobres para a mais distante periferia (aqui chamada de "cidades satélites"), e a tal escala residencial ficaria destinada apenas a uma elite (mesmo as quadras teoricamente menos aquinhoadas). O modelo favoreceu as construtoras, criou milionários da noite para o dia e encareceu a infraestrutura.
O Distrito Federal tem hoje cerca de 3 milhões de habitantes e o Plano Piloto é habitado praticamente por barnabés privilegiados. Pela especulação imobiliária, tem dos metros quadrados mais caros do país. As áreas públicas são gigantescas (escala monumental) e o Estado (pouco eficiente) não consegue sequer manter adequadamente a corta dos extensos gramados. Por aqui a precariedade do espaço público é a regra.
Durante a semana, milhões se movimentam (de carro, maior parte) das cidades satélites para trabalharem no Plano Piloto e muita gente, muita gente mesmo, na Esplanada dos Ministérios. Os engarrafamentos são frequentes na cidade de apenas 50 e poucos anos.
As quadras residenciais de 6 andares são feias e monótonas como todas as obras de Le Corbusier.
As quadras comerciais são horrorosas, mas as pessoas por aqui se acostumaram à feiura.
O calçamento em frente às lojas comerciais não é padronizado e deve ter das piores acessibilidades que se tem notícia no mundo civilizado.
O lixo é exposto em caçambas abertas, palco perfeito para ratazanas e baratas, espalhando mau cheiro por todo o entorno.
O chamado Lago, norte e sul e adjacências, é o mais próximo às dachas soviéticas que temos no Brasil. Um símbolo da exclusão e do mau aproveitamento do espaço público. Por conta disso, toda a orla do lago foi privatizada e grande parte do acesso ao Lago é realizado por trapiches que estão dentro da “propriedade” desses felizes moradores lacustres.
A chamada escala gregária só poderia ser uma piada de Costa. pois as pessoas em Brasília não se encontram nas ruas e nas calçadas (nos chamados aglomerados urbanos) porque isso não é proporcionado.
O sonho da cidade, um espaço onde as pessoas conviveriam e trocariam experiências, amores e inteligência, tudo isso de Brasília foi subtraído.
Artistas menores como Athos Bulcão são incensados. A literatura daqui (salvo exceções que conto na mão) não existe, exceto alguma poesia...
A W3 é, num domingo, quase que uma distopia: prostitutas, punguistas, traficantes e vagabundos de toda ordem.
As pessoas que têm dinheiro vão aos clubes cafonas (normalmente de algum órgão público) e nos churrascos das "repartições". Nesses encontros se tem a oportunidade de puxar o saco do chefe e cavar uma promoção baseada no compadrio.
Temos relatos interessantes de olhares estrangeiros nessa cidade. Muitos viajantes passaram por aqui e não gostaram.
Marshall Berman, por exemplo, que por aqui passou, odiou. Relembrou que a América Latina começa com algo como o modelo espanhol de urbanismo, onde as cidades eram construídas ao redor da "plaza mayor" e dali brotariam os espaços de convivência naturalmente. Em Brasília tem de se tomar o ônibus ou o carro para encontrar o amigo ou a namorada para se tomar um café.
Ao fim e ao cabo, temos os suspeitos de sempre e suas ligações perigosas. Ao levar o governo para longe das multidões, JK seguiu o modelo de Luís XIV, em Versalhes. Dizem que o Rei Sol era um dos heróis de Le Corbusier, que por sua vez era ídolo de Niemeyer, que era admirador declarado de Stálin.
Acho que já se disse demais contra Brasília, eu apenas faço minha parte. Em tempo: foi Lúcio Costa quem elaborou o Plano Piloto da Barra, no Rio de Janeiro (risos contidos).
A marchinha de Vitor Velloso e Marcos Frederico faz sucesso nas redes sociais. Mostra que é fundamental respeitar as diferentes opções políticas, sem agredir e sem intolerância.