A FIOL (Ferrovia de
Integração Oeste-Leste) está na ordem dos acontecimentos. Nos últimos dias
dezenas de matérias surgiram em quase todos os veículos de comunicação do País,
especialmente depois que esta Agencia Rio publicou aqui artigo sobre o Anel da
Soja. Ela é de suma importância para o Oeste da Bahia e todo o
anel da Soja. Mais ainda para as minas que estão sendo exploradas no trajeto e
cujo transporte, a exemplo da produção agrícola é feito por caminhões
encarecendo brutalmente o custo de produção da região.
Este último traçado
da Ferrovia é o terceiro nos últimos cem anos. O primeiro foi gestado após o
movimento conhecido na história do Brasil como TENETISMO, em 1922 quando um
grupo de tenentes do Exército, rebelados, exigiram do governo da época ação e
democracia. Desejavam integrar o país e desenvolve-lo para combater a miséria.
Anos depois o projeto foi abandonado e em algumas regiões da Bahia pode ser
visto ainda hoje pontes e túneis dessa primeira tentativa.
Algumas décadas
mais tarde, já no governo Juscelino Kubistchek o projeto foi retomado, alguns
bilhões foram investidos até o governo Jânio Quadros e em seguida novamente
paralisados. Ainda hoje é possível se ver, em alguns trechos no mesmo interior
da Bahia diversos obras abandonadas dessa segunda tentativa. E a terceira, que
está em curso vem desde o governo Sarney. Lá se vão mais de 25 anos. E a obra
está quase que totalmente parada. Sou testemunha ocular do que lá acontece:
quando se aproximam as eleições o governo retoma a obra, as prefeituras e
candidatos indicam as contratações que os ajudam a elegerem-se com os empregos,
arranjados, as máquinas e homens começam a trabalhar e menos de um ano depois
vêm às dispensas, as máquinas silenciam, a movimentação no traçado arrefece,
falta dinheiro e a obra para. Tem sido assim nos últimos anos.
Essa ferrovia está
destinada a se conectar com a outra chamada Norte-Sul que se encontraria com a
FIOL no meio dos estados de Goiás e Tocantins, atravessaria todo o oeste da
Bahia e desembocaria em Ilhéus onde deveria haver um porto já planejado e
anunciado pelo Governo, destinado a exportar a produção não só do Anel da Soja
como também o que é produzido em Goiás, no Tocantins, no Piauí e até no
Maranhão. Como se pode concluir, trata-se de uma obra de infraestrutura
superimportante para o país e para a produção do Centro Oeste
brasileiro.
Se o governo não
consegue terminar a ferrovia porque não tem dinheiro como irá construir o porto?
E se a ferrovia ficar pronta para onde ela vai levar a carga? Para lugar nenhum
sem o novo porto de Ilhéus. Está mais do que na hora dos produtores rurais da
região se reunirem, formarem uma comissão e desembarcarem em Brasília para
pressionar o governo a privatizar a ferrovia e o porto de ilhéus num só
pacote.
Hildeberto aleluia
está conhecendo e estudando o o oeste da Bahia
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