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Adriana Varejão - Foto divulgação/ Galeria DotArt |
A renovada Galeria dotART, apresenta
a partir de amanhã, 25 de novembro, quarta feira, a exposição coletiva “O dia se renova
todo“ na galeria 1 e, na galeria 2, a primeira exposição individual do fotógrafo
Fabiano Al Makul “Outros olhos para ver”. No mesmo dia, lança também os livros
obra “Galáxias“, de Antonio Dias e Haroldo de Campos e “Galpão Gaveta“, de Paulo
Climachauska.
Com 41 artistas e 50 obras a coletiva “O dia se renova todo dia” apresenta:
pinturas, desenhos, fotografias, gravuras, objetos e esculturas. Os artistas
foram convidados pelo curador Wilson Lazaro, diretor artístico da galeria, que
exibe a primeira grande mostra e apresenta o conceito da nova identidade da
dotART, desenvolvida pelo designer Felipe Taborda.
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Padro Varela - Foto divulgação Geleria DotArt |
O time escalado para as duas
exposições e lançamentos é composto dos mais diversos idiomas: Adriana Varejao,
Janaína Tschape, AnishKapoor, Leonilson, Cássio Vasconcellos, Pedro Varela, Paul
Morrison, Richard Serra, FransKrajcberg, Rubem Ludolf, Tomás Saraceno, Ivan
Navarro, Sarah Morris, PhilipeDecrauzat, Lygia Pape, Rubem Valentim, Rubem
Ianelli, Alexander Calder, Iole de Freitas, Nelson Felix, Cildo Meireles,
Michael Craig-Martin, Antonio Dias, Paulo Pasta, Paulo Climaschauska, Volpi,
Andy Warhol,Wanda Pimentel, Lucia Laguna, Marina Saleme, Celso Orsini, Nelson
Leirner, Anna Maria Maiolino, Paulo Campinho e Marina
Rheingantz.
Sobre Fabiano Al
Makul
Fabiano Al Makul é apaixonado, vai
ao mundo pelo coração. Sua pesquisa não é sistemática. Os temas parecem
escolhidos ao acaso, como se começasse sempre pela curiosidade. Pode ser uma
canção musical, um encontro… e ao fim a imagem é sempre um gesto de afeto. Suas
representações formam histórias, têm a ver com a liberdade que existe na ficção.
Fantasias e sonhos: esse é sempre o começo do criar desse artista. Ele quer
fazer você se emocionar diante das suas criações!
Uma boa criação é construída com
amor, por nuances de cores e lembranças de lugares. Há um momento especial onde
o autor captura a passagem da vida e a coloca junto com o sentir “arte”. A
beleza da imagem tem o poder da transformação de cada dia vivenciado, é
realidade presente em quase todas as esferas do cotidiano, da estética. Vale
lembrar a história da arte e seus segmentos, que conseguiam estabelecer-se
porque havia “beleza” em todos os movimentos.
A cor, o movimento e a música se
unem ao desejo e à fragilidade, em momentos únicos da vida e em cada cena
retratada por Fabiano nas suas composições visuais.
Sua fotografia cria um frescor raro,
que está nos romances, na alma da velha-guarda do samba, nas canções populares,
nas viagens, nos lugares, na arquitetura e nas pessoas… cada um, quando entra em
contato com sua obra, sente que ele traz à superfície um mundo híbrido, onde os
limites entre as culturas, os meios ou linguagens são cada vez mais indefinidos.
É com um “olhar de beleza” que poderemos ultrapassar quaisquer fronteiras ainda
demarcadas e admirar, sentir e penetrar nas criações
exibidas.
O artista captura suas imagens no
instantâneo da ação de ver, registrando com novo olhar as cenas do cotidiano e
“escrevendo” textos com rimas de luz e sombra. Esse é o nosso poeta
Fabiano!
Sobre Antonio Dias e o livro obra
“Galáxias”
Antonio Dias nasceu em 1944, em
Campina Grande, na Paraíba e, ainda criança mudou-se para o Rio de Janeiro.
Artista multimídia, tem a pintura como elemento de forte presença em seu
trabalho. Em meados dos anos sessenta, ganhou uma bolsa do governo francês e foi
morar em Paris. Depois de um longo período no exterior, entre Milão, na Itália,
e Colônia, na Alemanha, volta, em fins dos anos noventa, a dividir seu tempo com
o Brasil, onde tem residência no Rio de Janeiro.
O projeto desenvolvido por Antonio
Dias junto com Haroldo de Campos (1929-2003) no começo da década de setenta,
leva o mesmo nome do famoso livro-poema do poeta concretista – “Galáxias”. E,
mais de quarenta anos depois, ganha a participação da designer Lucia Bertazzo
em sua produção.
Com edição de 93 exemplares, e
grande formato – 70cm x 50cm com 7cm de altura – “Galáxias” é um estojo de fibra
de vidro revestido em tecido, que contém, em cada exemplar, um conjunto de 32
objetos feitos pelo artista, agrupados e acondicionados em dez caixas de madeira
impressa com peles, tema presente em sua obra.
Esses objetos de arte — todos foram
realizados manualmente – revêem a trajetória artística de Antonio Dias no
período dos anos setenta.
A realização de “Galáxias”, a cargo
da UQ/ Aprazível Edições, demandou quatro anos de cuidadoso trabalho, com
centenas de provas e protótipos, e grande diversidade de materiais empregados:
tecido, acrílico, foam, plástico, algodão, pergaminho. As formas de
impressão também variam entre fotogravura, tipografia, hot stamping,
serigrafia e aupouchoir.
Metade da edição foi adquirida por
colecionadores e importantes museus: MAC de Niterói (Coleção João Sattamini),
MAM Rio (Coleção Gilberto Chateaubriand), Pinacoteca de São Paulo e MoMA de
Nova York.
Sobre Paulo Climachauska e o livro
obra “Galpão Gaveta”
A obra de Paulo trabalha, sobretudo,
com a operação de subtração e de retirada. Trata-se de um déficit que vai além
da abstração numérica e se aproxima de questões econômicas, sociais e políticas,
mesmo quando o artista elege a natureza como tema.
No texto que acompanha a obra de 7
itens e 18 exemplares está escrito:
“O Galpão Gaveta, este que você
acabou de ler, começou a ser habitado em junho de
2012. Galpão é o lugar em que o extrato dos seres e o sumo das coisas se
depositam. Eles podem ser habitados, sim!, por poéticas e por traços. É o que
decidiu fazer Paulo Climachauska ao recolher réguas e compassos, telas e tintas,
papéis e espelhos. Tudo colecionado dentro de seu imaginário e transformado em
matéria-viva: o Galpão Gaveta.”
Uma gaveta pode ser uma obra de
arte? Pode. Uma não, muitas. O Galpão Gaveta, invento que se atribui ao artista
Paulo Climachauska, traz dentro de si uma multidão de objetos. Vamos
contar?
1. Um estojo em aço, pintado na cor
laranja, de 50 x 40 cm (com 9 cm de altura) que contém... uma
gaveta.
2. A gaveta, por sua vez, contém
seis outros objetos.
3. O primeiro é uma pintura original
sobre cartão telado em cada exemplar. Isso mesmo: um original em tinta acrílica,
assinado no verso.
4. O Livro de Areia, revestido em
tecido, traz arabescos gráficos do que se passa pela cabeça do
artista.
5. Já o Livro dos Espelhos, também
revestido em tecido, se entreabre num firmamento de
números.
6. Outro estojo contém cinco
gravuras e um surpreendente texto, todos impressos em serigrafia sobre acetato,
revelando galpões em perspectiva – aqui denominados de
“Catedrais”.
7. Uma dupla de esquadros em aço
niquelado sai do berço da caixa e ficam de pé, como se esculturas
fossem.
Sobre a Galeria
dotART
A dotART foi criada pelo casal Feiz
e Maria Helena Bahmed nos anos setenta e é uma galeria de arte pioneira na
divulgação e promoção da arte em Belo Horizonte e no estado de Minas Gerais.
Fez do seu espaço um lugar para ser,
pensar, produzir, experimentar, celebrar e comercializar a arte de uma forma
poética. Isso possibilitou, ao longo dos seus 40 anos de história, uma maior
eficácia na relação entre o espectador e o objeto em foco.
Através da sua programação de
exposições, constantemente apresenta aos mineiros um elenco de criadores com
diferentes linguagens e suportes e acredita que cada objeto de arte é um canal
factível com potencial para irradiar cultura, e amplia o seu campo de ação ao
estimular colecionadores, arquitetos, decoradores e amantes da “Arte” com a
qualidade e o frescor das criações dos seus artistas. A larga experiência e
seriedade na parceria com novos valores fizeram da galeria também um posto
avançado da produção mais atual da arte no Brasil e no
mundo.
Agora, surge a renovada Galeria
dotART, que, com planejamento e pesquisa, desenvolve um plano para a carreira de
cada um dos artistas que representa na região buscando as soluções mais
criativas e eficientes, apoiados em pesquisa, consultoria, curadoria,
publicações e gestão de projetos para as instituições.
A renovação acontece. Fernando
Bahmed e Leila Gontijo são herdeiros de Maria Helena e Feiz, atuam no mercado de
arte, e assumem a galeria trazendo novo vigor para os projetos. Há uma tradição
familiar se formando pois, também a neta Luciana Junqueira, passa a fazer parte
da dotART. Ao grupo, somam-se Wilson Lazaro, Diretor Artístico, e toda a equipe:
Felipe Taborda, Francisco Santos, Hélio Dalseco, Ivanei Souza, Jéssica Carvalho,
Robson Gomes e Sérgio Souto.
Ao longo dos últimos 40 anos, vários
artistas já passaram pela galeria, que tem um acervo cuidadoso e especial:
Volpi, Amilcar de Castro, Leda Catunda,
Frans Krajberg, Cildo Meireles, Fernando Lucchesi, Marcos Coelho Benjamin, Iberê
Camargo, Ianelli, Siron Franco, Bruno Giorgi, Amelia Toledo, Iole de Freitas,
Marina Seleme, Sara Ramo, Paulo Campinho, Eduardo Sued, Sonia Ebling, Rubem
Valentim, Angelo Venosa, Alexandre Calder, AnishKapoor, Leonilson; e também
Adriana Varejão, Niura Bellavinha, José Bento, Fabiano AL Makul, Adriana Rocha,
Regina Silveira, Gonçalo Ivo, Paulo Pasta, Nelson Felix, Daniel Senise, Iran
Espirito Santo, Manfredo de Sousa, Vik Muniz, Fernanda Nanam, Cristina Canale,
Ana Horta, Paulo Climachauska, Antonio Dias, Anna Maria Maiolino, Paulo
Campinho, José Bechara, Judith Lauand, Hércules Barsotti, Cícero Dias, Celso
Orsini, Roberto Magalhães e Wanda Pimentel, entre
outros. Visite o site www.dotart.com.br